quarta-feira, 8 de junho de 2011

Soro Caseiro - forma simples, barata e eficiente para tratamento da desidratação associada à diarréia

O que é soro caseiro?


O soro caseiro é constituído de uma solução de sais e açúcares que são administrados oralmente. Eficiente no tratamento para desidratação associada à diarréia, particularmente gastroenterites como as causadas por cólera ou rotavírus.

Composição do Soro caseiro segundo a OMS e a UNICEF

UNICEF e OMS mantêm em conjunto normas oficiais sobre os componentes de pacotes de soro caseiro. Essas normas, usadas para produção comercial de soro caseiro, são:
Para cada 1 litro de preparação, a solução de soro deve conter:
* 2,6 gramas de cloreto de sódio (NaCl).
* 2,9 gramas de citrato de sódio.
* 1,5 gramas de cloreto de potássio.
* 13,5 gramas de glicose anidra.

 Preparação do Soro caseiro

Consiste em 8 colheres de chá de açúcar de mesa (sacarose) e 1 colher de chá de sal de cozinha, misturados a 1 litro de água fervida ou filtrada. Metade de um copo de suco de laranja ou metade de uma banana amassada pode ser adicionado para cada litro, a fim de adicionar potássio e melhorar o gosto.

Uso do Soro caseiro

- Adultos e crianças com desidratação que não estão vomitando podem beber soro caseiro em adição à dieta normal;
Pessoas que estão vomitando devem ser alimentadas com pequenas quantidades freqüentes de soro caseiro;


domingo, 27 de março de 2011

SÍNDROME DE DOWN

HISTÓRICO:


Em 1866, John Langdon Down notou semelhanças fisionômicas entre certas crianças com atraso mental. Utilizou-se o termo “mongolismo” para descrever a sua aparência. Segundo o Dr. John, os mongois eram considerados seres inferiores.

O número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), dispondo em pares, somando 23 pares.

Em 1958, o geneticista Jérôme Lejeune verificou que na  Síndrome de Down há um erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos e este cromossomo a mais se ligava ao par 21.

- Surgiu o termo Trissomia do 21 que é o resultado da não disjunção primária, que pode ocorrer em ambas as divisões meióticas e em ambos os pais.

Como forma de homenagear o Dr. John, o Dr. Jérôme batizou a anomalia com o nome de Síndrome de Down.


TIPOS DE TRISSOMIA DO 21 OU SÍNDROME DE DOWN:

Existem 3 tipos principais de anomalias cromossômicas na síndrome de Down.

a-) Trissomia simples (padrão)
b-) Translocação
c-) Mosáico ou mosaicismo.

Trissomia simples (padrão)

- Ocorre em cerca de 95% dos casos de Síndrome de Down);
A causa da trissomia simples do cromossomo 21 é a não disjunção cromossômica;
A pessoa possui 47 cromossomos em todas as células.


Translocação

- Ocorre em cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down;
- Podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal;
O cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo. Embora indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down.
- No caso da Síndrome de Down por translocação, os pais devem submeter-se a um exame genético, pois eles podem ser portadores da translocação e têm grandes chances de ter outro filho com Síndrome de Down.

Mosáico ou mosaicismo

- Ocorre em cerca de 2% dos casos de Síndrome de Down;
- Podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal;
A alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos.

CARIÓTIPO








terça-feira, 1 de março de 2011

Automedicação

O que é automedicação?

A automedicação é a utilização de medicamentos por conta  própria  ou  por  indicação  de  pessoas  não  habilitadas,  para  tratamento  de  doenças  cujos sintomas  são  “percebidos”  pelo  usuário,  sem  a avaliação  prévia  de  um  profissional  de  saúde (médico ou odontólogo).

A propaganda muitas vezes induz e incentiva o consumo de determinado medicamento que nem sempre é o indicado para aquela necessidade. 

O que é o uso indiscriminado de medicamentos?

O  uso  indiscriminado  de  medicamentos  não  se restringe somente à automedicação. Está relacionado à “medicalização”, ou seja, uma forma de encontrar a cura para as doenças e promover o bem-estar usando exclusivamente  o medicamento.

Quais os riscos causados pela automedicação e pelo uso indiscriminado de medicamentos?

Uma das preocupações frente à automedicação e ao uso  indiscriminado  de medicamentos  é  o  risco  de intoxicação.

A intoxicação por medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país, à frente dos produtos de limpeza, dos agrotóxicos e dos alimentos estragados.

Os analgésicos, os antitérmicos e os antiinflamatórios representam as classes demedicamentos que mais intoxicam. 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A História da Farmácia


No início das Ciências da Saúde, houve época que, na pessoa do sacerdote estavam embutidos o médico, o farmacêutico e o psicólogo, entre outros. Em 1240, a farmácia foi separada oficialmente da medicina por um edital de Frederico II, imperador da Prússia, que estabeleceu na mesma época um código de ética profissional. 

Bem recente, há algumas décadas, ainda existiam farmácias com seus profissionais farmacêuticos habilitados, que formavam um vínculo de confiança na relação médico-farmacêutico-paciente.

Com o advento da indústria, seguiu-se uma tática de separação entre estes dois profissionais, fazendo com que hoje se sintam distantes entre si e até mesmo se desconheçam profissionalmente.

Com o ressurgimento da Farmácia de Manipulação, como atividade restrita do profissional farmacêutico, aconteceu de forma natural o restabelecimento real deste profissional e consequentemente sua formação completa, que vai desde o preparo do medicamento até a sua dispensação, onde orienta-se corretamente o paciente quanto ao uso e aos cuidados, podendo também orientar os médicos quanto as dosagens, farmacologia e interações dos medicamentos.


A farmácia hoje tem por objetivo a promoção da saúde através da personalização da relação de confiança entre médico-farmacêutico-paciente. Com muita certeza, hoje tem-se um tratamento altamente diferenciado na área de saúde e cada vez mais se fortalece o elo do médico com seu paciente.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA DO SÍMBOLO DA FARMÁCIA


A taça com a serpente nela enrolada é internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta a antigüidade, sendo parte das histórias da mitologia grega.
Tudo começou com um centauro: Chiron. Ao contrário da maioria dos de sua raça, caracterizados pela selvageria e violência, Chiron se dedicou aos conhecimentos de cura. Teve como um dos seus discípulo o deus Asclépio (também denominado Esculápio), ao qual ensinou os segredos das ervas medicinais. Asclépio se tornou o deus da saúde e tinha como símbolo um cetro com duas serpentes nele enroladas. Contudo, ele não utilizava seu conhecimento somente para salvar vidas, mas usava seu poder para inclusive ressuscitar pessoas.
Descontente com a quebra do ciclo natural da vida, Zeus resolveu intervir. Os deuses entraram então em batalha e Zeus acabou matando Asclépio com um raio.
Com a morte de Asclépio, a saúde passou a ser responsabilidade de sua filha Hígia, que se tornou dessa maneira a deusa da saúde. Hígia tinha como símbolo uma taça que com sua “promoção” foi adicionada por uma serpente nela enrolada. Essa cobra é, obviamente, uma representação do legado de seu pai. Assim o símbolo de Hígia da taça com a serpente se tornou, posteriormente, o símbolo da farmácia.
Segundo as literaturas antigas o símbolo da Farmácia ilustra o poder (cobra) da cura (taça).

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nomes dos medicamentos

Algum conhecimento de como os medicamentos recebem seus nomes ajuda a decifrar os rótulos desses produtos. Cada medicamento de proprietário recebe pelo menos três nomes: um nome químico, um nome genérico (não registrado) e um nome comercial (registrado ou de marca).

O nome químico descreve a estrutura atômica ou molecular da substância. Embora descreva e identifique com precisão o produto, habitualmente é muito complexo e inconveniente para uso geral, exceto no caso de algumas substâncias inorgânicas simples, como o bicarbonato de sódio.

Nos Estados Unidos, o nome genérico é dado por uma organizaçåo oficial, a United States Adopted Names (USAN) Council. O nome comercial é escolhido pela companhia farmacêutica que fabrica o produto. A companhia tenta escolher um nome exclusivo, que seja curto e fácil de lembrar, para os médicos receitarem e os consumidores procurarem pelo nome. Por essa razão, em alguns casos os nomes comerciais ligam o medicamento ao uso pretendido.

A FDA exige que as versões genéricas dos medicamentos possuam os mesmos ingredientes ativos do original e que sua taxa de absorção seja igual. O fabricante de uma versão genérica pode optar por conferir ao medicamento seu próprio nome comercial quando acredita que sua versão “de marca” irá vender melhor.

No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, regulamentou a Lei dos Genéricos (lei 9.787/99), estabelecendo as exigências para que um medicamento possa ser comercializado pelo nome de seu princípio ativo. De acordo com a lei, medicamento genérico é um preparado que contém o mesmo fármaco da marca original e é comercializado com a Denominação Comum Brasileira, seguida do nome do fabricante.

As exigências objetivam dar segurança tanto a médicos como a pacientes de que o genérico terá o mesmo efeito que o medicamento de referência (marca comercial patenteada). Não confundir genéricos com os chamados produtos similares, também comercializados, mas que ainda não cumprem as exigências da regulamentação.

Genérico é o medicamento que possui o mesmo princípio ativo, as mesmas características e a mesma ação terapêutica que um de marca, ou de referência, pesquisado e desenvolvido por outro laboratório farmacêutico, normalmente multinacional, cuja patente já está vencida. Similar é um medicamento que copia os chamados remédios de marca ou de grife, propondo-se a manter equivalência terapêutica com os mesmos.

Princípio ativo é a substância do medicamento que provoca sua ação terapêutica. Todo remédio tem de ter um princípio ativo. E é este princípio ativo que será copiado para a elaboração do genérico.




Nome Químico

Nome Genérico

Nome Comercial



N-(4-hidroxifenil) acetamida

acetaminofen

Tylenol

7-cloro-1,3-diidro-1-metil-5-fenil-2 H-1,4-benzodiazepin-2-ona


diazepam


Valium

DL-treo-2-(metilamino)-fenilpropan-1-ol

cloridrato de pseudoefedrina

Allegra D


Fonte: Merck saúde para família.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Medicamentos de receita obrigatória

Legalmente, os medicamentos são divididos em duas categorias: os que dependem de prescrição (receita) para compra e os de venda livre. Os medicamentos de receita obrigatória – considerados seguros para uso apenas sob supervisão médica – podem ser fornecidos somente mediante uma receita por escrito de um profissional habilitado (por exemplo, médico, dentista ou veterinário).

Os medicamentos de venda livre – considerados seguros para uso sem supervisão médica – são vendidos nas farmácias sem receita. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) é o órgão governamental que decide quais medicamentos precisam obrigatoriamente de receita e quais podem ser vendidos livremente, sem necessidade de receita. Depois de muitos anos de uso dentro da norma de prescrição, medicamentos com excelente registro de segurança podem ser aprovados pela FDA para venda livre, sem necessidade de receita.

O medicamento ibuprofen, um analgésico, é uma droga que antigamente precisava de receita para compra, mas que atualmente pode ser comprada sem receita. Freqüentemente a quantidade do ingrediente ativo existente em cada comprimido, cápsula, ou drágea de uma substância aprovada para venda livre é substancialmente menor que a quantidade em uma dose do medicamento receitado.

Nos Estados Unidos, o inventor ou descobridor de uma substância nova recebe uma patente que lhe assegura direitos exclusivos para uso da fórmula durante dezessete anos, embora comumente muitos desses anos já tenham transcorrido por ocasião da aprovação da substância para venda.

Enquanto a patente for válida, a substância é considerada um medicamento registrado. Um medicamento genérico (não registrado) não é protegido por patente. Depois que a patente expira, o medicamento pode ser legalmente comercializado, com seu nome genérico, por qualquer fabricante ou vendedor aprovado pela FDA, mas o detentor original dos direitos autorais ainda controla os direitos do nome comercial do medicamento. Na maior parte dos casos, as versões genéricas são vendidas a preços mais baixos que o medicamento original.



Fonte: Manual Merck Saúde para família.