segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nomes dos medicamentos

Algum conhecimento de como os medicamentos recebem seus nomes ajuda a decifrar os rótulos desses produtos. Cada medicamento de proprietário recebe pelo menos três nomes: um nome químico, um nome genérico (não registrado) e um nome comercial (registrado ou de marca).

O nome químico descreve a estrutura atômica ou molecular da substância. Embora descreva e identifique com precisão o produto, habitualmente é muito complexo e inconveniente para uso geral, exceto no caso de algumas substâncias inorgânicas simples, como o bicarbonato de sódio.

Nos Estados Unidos, o nome genérico é dado por uma organizaçåo oficial, a United States Adopted Names (USAN) Council. O nome comercial é escolhido pela companhia farmacêutica que fabrica o produto. A companhia tenta escolher um nome exclusivo, que seja curto e fácil de lembrar, para os médicos receitarem e os consumidores procurarem pelo nome. Por essa razão, em alguns casos os nomes comerciais ligam o medicamento ao uso pretendido.

A FDA exige que as versões genéricas dos medicamentos possuam os mesmos ingredientes ativos do original e que sua taxa de absorção seja igual. O fabricante de uma versão genérica pode optar por conferir ao medicamento seu próprio nome comercial quando acredita que sua versão “de marca” irá vender melhor.

No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, regulamentou a Lei dos Genéricos (lei 9.787/99), estabelecendo as exigências para que um medicamento possa ser comercializado pelo nome de seu princípio ativo. De acordo com a lei, medicamento genérico é um preparado que contém o mesmo fármaco da marca original e é comercializado com a Denominação Comum Brasileira, seguida do nome do fabricante.

As exigências objetivam dar segurança tanto a médicos como a pacientes de que o genérico terá o mesmo efeito que o medicamento de referência (marca comercial patenteada). Não confundir genéricos com os chamados produtos similares, também comercializados, mas que ainda não cumprem as exigências da regulamentação.

Genérico é o medicamento que possui o mesmo princípio ativo, as mesmas características e a mesma ação terapêutica que um de marca, ou de referência, pesquisado e desenvolvido por outro laboratório farmacêutico, normalmente multinacional, cuja patente já está vencida. Similar é um medicamento que copia os chamados remédios de marca ou de grife, propondo-se a manter equivalência terapêutica com os mesmos.

Princípio ativo é a substância do medicamento que provoca sua ação terapêutica. Todo remédio tem de ter um princípio ativo. E é este princípio ativo que será copiado para a elaboração do genérico.




Nome Químico

Nome Genérico

Nome Comercial



N-(4-hidroxifenil) acetamida

acetaminofen

Tylenol

7-cloro-1,3-diidro-1-metil-5-fenil-2 H-1,4-benzodiazepin-2-ona


diazepam


Valium

DL-treo-2-(metilamino)-fenilpropan-1-ol

cloridrato de pseudoefedrina

Allegra D


Fonte: Merck saúde para família.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Medicamentos de receita obrigatória

Legalmente, os medicamentos são divididos em duas categorias: os que dependem de prescrição (receita) para compra e os de venda livre. Os medicamentos de receita obrigatória – considerados seguros para uso apenas sob supervisão médica – podem ser fornecidos somente mediante uma receita por escrito de um profissional habilitado (por exemplo, médico, dentista ou veterinário).

Os medicamentos de venda livre – considerados seguros para uso sem supervisão médica – são vendidos nas farmácias sem receita. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) é o órgão governamental que decide quais medicamentos precisam obrigatoriamente de receita e quais podem ser vendidos livremente, sem necessidade de receita. Depois de muitos anos de uso dentro da norma de prescrição, medicamentos com excelente registro de segurança podem ser aprovados pela FDA para venda livre, sem necessidade de receita.

O medicamento ibuprofen, um analgésico, é uma droga que antigamente precisava de receita para compra, mas que atualmente pode ser comprada sem receita. Freqüentemente a quantidade do ingrediente ativo existente em cada comprimido, cápsula, ou drágea de uma substância aprovada para venda livre é substancialmente menor que a quantidade em uma dose do medicamento receitado.

Nos Estados Unidos, o inventor ou descobridor de uma substância nova recebe uma patente que lhe assegura direitos exclusivos para uso da fórmula durante dezessete anos, embora comumente muitos desses anos já tenham transcorrido por ocasião da aprovação da substância para venda.

Enquanto a patente for válida, a substância é considerada um medicamento registrado. Um medicamento genérico (não registrado) não é protegido por patente. Depois que a patente expira, o medicamento pode ser legalmente comercializado, com seu nome genérico, por qualquer fabricante ou vendedor aprovado pela FDA, mas o detentor original dos direitos autorais ainda controla os direitos do nome comercial do medicamento. Na maior parte dos casos, as versões genéricas são vendidas a preços mais baixos que o medicamento original.



Fonte: Manual Merck Saúde para família.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ozonioterapia

O QUE É OZÔNIO?

É um  composto químico de três átomos de Oxigênio (O3). Um composto altamente energético do oxigênio atmosférico normal (O2). Assim, as moléculas destes dois compostos são diferentes na estrutura:



Em condições normais o (O3) é um gás incolor com um odor característico perceptível, por exemplo, após temporais, em altas altitudes ou próximo ao mar. Seu nome é de origem grega, do ozein, "o que emite cheiro", e foi descoberto em 1840 pelo químico alemão Friederich Chritian Schonbein (1799 - 1868). Mais perto do nível da terra podeocorrer na forma de neblina e fumaça, em concentrações de 1 porção de (O3) por 10 milhão de porções do ar, isto é, 0.1 ppm (parte por milhão) o que equivale a 200 µg/m3). 
A uma altura de 2.000 metros, entretanto, está muito menos concentrado, em geralmente só em torno de 0.03 a 0.04 ppm. Por ser um agente de oxidação extremamente poderoso e um desinfetante altamente eficaz, é usado em todo o mundo para esterelizar as instalações de tratamento de água que fornecem a água para consumo .

O QUE É TERAPIA DO OZÔNIO OU OZONIOTERAPIA?

É o uso do ozônio para fins medicinais. O ozônio medicinal é sempre uma mistura de ozônio e de oxigênio puro. De acordo com sua aplicação, a concentração do ozônio pode variar entre 1 e 100 µg/ml (0.05 - 5% O3). O ozonoterapeuta, um médico especialmente treinadopara isso, determina a dosagem completa de acordo com a indicação médica e a condição do paciente.


PROPRIEDADES E EFEITOS

O ozônio medicinal tem propriedades altamente bactericidas, fungicidas e antivirais. Usado extensamente para desinfetar feridas infectadas, assimcomo em doenças bactericidas e virais. Sua capacidade de estimular a circulação é usada no tratamento de problemas circulatórios e na revitalização de funções orgânicasde modo geral. Quando administrado em baixas concentrações, o ozônio pode ativar o sistema imunológico do organismo. Como uma resposta a esta ativação através do ozônio, as células imunes do corpo produzem os mensageiros especiais chamados citocinas (mediadores importantes como interferon ou interleucinas). Estes informam outras célulasimunes, provocando uma cadeia de mudanças positivas no sistema imune, que se torna mais capaz de resistir a doenças. Isto significa que a aplicação do ozônio medicinal é extremamente útil para ativação imunológica em pacientes com um status imune baixo e/ou imunodeficientes. Estas pequenas quantidades de ozônio são aplicadas ao sangue do paciente, em um processo chamado "autohemoterapia" (tratamento externo do sangue do paciente antes da reinfusão). Desta forma são ativados os sistemas antioxidantes e removedores de radicais livres. (Scavengers) do próprio corpo. Assim torna-se possível compreender por que o ozônio é usado nas doenças que envolvem inflamações crônicas.


INDICAÇÕES

- Tratamento de problemas circulatórios e também na área da geriatria;
- Tratamento das doenças provocadas por vírus, tais como hepatites e herpes.
- Tratamento de feridas infectadas, inflamadas, mal curadas e de processos inflamatórios crônicos, tais como colites e outras inflamações intestinais, além de queimaduras.
- Como terapia complementar em vários tipos de câncer, o ozônio é aplicado para a imunoativação geral, em dosagens baixas, na forma de "autohemoterapia maior" na qual o sangue é reifundido por via endovenosa, ou "Autohemoterapia menor", na qual o sangue é injetado via intramuscular.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Sangue

É o componente fluido do Sistema Circulatório que contém, sob suspensão, células, gases, proteínas e inúmeras outras substâncias.













- Irriga, através dos vasos sanguíneos, quase todos os tecidos corporais, sendo responsável direto pela nutrição e manutenção de um gradiente adequado de oxigênio nestes locais.


- Está represado dentro de um compartimento formado por um sistema de circuito contínuo, por onde, através da bomba cardíaca, deve circular livremente e sem escapar na sua totalidade.



sábado, 15 de janeiro de 2011

Traumatologia, conceitos e princípios

Conceitos Básicos:


Fratura: É a ruptura completa ou incompleta (fissura ou trinca) na continuidade do osso, que se produz quando um osso recebe mais tensão do que é capaz de suportar.



 Tipos de fraturas:

a-) Fraturas expostas ou aberta: O foco da fratura apresenta comunicação com o meio exterior. (Risco de contaminação e infecção)

b-) Fraturas simples: Apresentam traço único, podendo ser (helicoidais, oblíquas e transversas). O que difere um traço transverso de um oblíquo é uma angulação maior que 30º.

A- Fratura Obliqua. B- Fratura Transversal. C- Fratura Helicoidal



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Fatores de crescimento plaquetário




Os fatores de crescimento são peptídeos sinalizadores que regulam o metabolismo celular por meio da interação com um complexo de receptores de superfície celular, das vias de sinalização intracelular e, finalmente, peloaumento da transcrição de fatores e produção de proteínas que resultam na proliferação e diferenciação celular, bem como no aumento da produção da matriz extracelular (DAHLGREN et al., 2001).

Esses peptídeos liberados na matriz extracelular se ligam ao receptor tirosina-quinase, presente nas células teciduais. A ativação desse receptor resulta na sinalização de informações para genes responsáveis pelo controle da divisão celular, ocorrendo assim a transcrição do RNAm. Esse evento resulta em uma resposta biológica que inicia a cascata e que, por sua vez, ocasiona a reparação e a regeneração tecidual (ANTONIADES & WILLIANS, 1983; SCHLIEPHAKE, 2002).



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Plasma rico em plaquetas - PRP


O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) é um produto derivado do processamento laboratorial do sangue autógeno, coletado no período pré-operatório e rico em fatores de crescimento, que são liberados dos grânulos alfa, após a ativação plaquetária.É um produto orgânico, atóxico e não imuno-reativo, por ser autógeno(do próprio paciente). Não existe chance de rejeição ou de reação alérgica, porque a substância é autóloga, o que significa que vem do corpo do paciente; a injeção porta risco muito menor de infecção do que uma incisão, e não deixa cicatriz. 
O tempo de recuperação posterior é consideravelmente mais curto que o necessário a uma recuperação pós-cirúrgica. O objetivo da utilização do PRP consiste em acelerar a regeneração tecidual, partindo do princípio da influência das plaquetas nos processos de hemostasia a partir da lesão endotelial, processos inflamatórios com a presença de macrofagócitos e neutrófilos e processo de regeneração e cicatrização, onde existe a presença de fatores de crescimentos derivados das plaquetas que provocam a proliferação e diferenciação celular até o reparo e total regeneração do tecido lesado.

Indicações:

O Plasma Rico em Plaquetas é utilizado para:

- Preenchimento de falhas ou defeitos ósseos nos casos de difícil consolidação (como nas pseudoartroses);

- Pode ser usado também em lesões de partes moles (tendões e ligamentos);

Contra-indicações:

- Não deve ser utilizado para o tratamento de tumores, infecção ou em casos de plaquetopatias.

Propriedades:

- É um produto autólogo - evita risco de rejeição;
- Preparado no momento do ato cirúrgico - minimiza o risco de contaminação;
- Utiliza aproximadamente 90 ml de sangue periférico;
- Variedade de fatores de crescimento: TGF-B, IGF, FGF, EGF, VEGF;
- Atua em mecanismos celulares - migração, divisão, diferenciação e angiogênese.